No começo do Século XX havia uma grande diferença entre o cheiro de uma moça de família e uma prostituta. Alguns aromas como jasmim e almíscar, patchuli e angélica, deixavam a mulher com um cheiro bem sensual.
Por isso além das prostitutas, só as atrizes, dançarinas, ou as mais mundanas ousavam usá-los. As meninas "sérias" ficavam com os perfumes delicados de flores, principalmente rosas e violetas.
Mas o cheiro do almíscar (musk) reconhecidamente afrodisíaco vem de tempos bem mais antigos. Conta a história que em 1810 a Imperatriz Josefina encharcava o Palácio de Versalhes com os aromas de almíscar animal para excitar Napoleão.
Isso porque o almíscar natural, é obtido do fluido armazenado num pequeno saco, nas regiões baixas de um animal, chamado cervo almiscareiro, na época de seu cio.
A palavra almíscar vem do sânscrito muska, que quer dizer testículo.
O cervo almiscareiro é um animal nativo da China e do sudoeste da Ásia. Para obter-se o perfume, mata-se o animal e se extrai completamente a glândula. Esta é comercializada de duas formas: a glândula inteira ou o perfume extraído do seu receptáculo - um lucrativo comércio internacional há séculos.
Também classificada como família de aromas de almíscares, está a civeta, com aroma fecal, que vem das glândulas anais de gatos selvagens.
Atualmente a maioria das fragâncias com almíscar é produzida de forma sintética. Aliás, se não fosse assim, o cervo almiscarado já teria sido extinto, pois está é uma fragância presente em grande parte dos perfumes, incensos, e não só os que levam seu nome, pois além de tornarem as perfumes sensuais, eles são a parte que mais dura no cheiro. Os fixadores mais poderosos da natureza.
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